quinta-feira, 23 de maio de 2019

Jose Rodrigues Dos Santos - O setimo selo

Eu sei que as pessoas se esquecem, mas só temos um planeta e está na hora de cuidarmos deles.

O primeiro livro que li do José Rodrigues dos Santos foi "A filha do capitão", há muitos anos - tantos que nem me recordo da história - e lembro-me que na altura gostei muito. Tendo isso em conta e o enorme sucesso do autor, tinha grandes expectativas para este livro, mas fiquei desiludida.

O livro começa de um forma fantástica e rapidamente fiquei presa à história e a querer saber o que vem a seguir, o problema é que o autor perde-se nas explicações e o livro acabou por se tornar demasiado cansativo.
A personagem principal é – supostamente – uma pessoa culta e por isso não faz sentido absolutamente nenhum que precise que lhe expliquem a mesma coisa 3 vezes, a mesma coisa é explicada tanta vez que acaba por se tornar aborrecido.
Eu entendo que o autor queira escrever para um público vasto mas nesse caso criava uma personagem menos culta, para que as repetidas explicações fizessem sentido.
Se eu pudesse retirar todas as páginas de explicações repetidas (que deve ser quase metade do livro), este seria sem dúvida um livro excelente, a história é boa, está bem desenvolvida e queremos saber o desfecho, o problema é que não lhe podemos retirar páginas e por isso em vez de ser um livro muito bom, é apenas um livro mais ou menos.

 A história vira à volta dos interesses do petróleo e do aquecimento global (e é incrível como continuam a ser assuntos tão actuais e o livro continua a fazer tanto sentido).



"Prolongamos a vida e a partir de um certo limite, começamos a vegetar."

"As cifras decifram-se, os códigos descodificam-se."

"Tjukurpa" - Quer dizer tempo de sonho (não me lembro em que língua).

1 comentário:

  1. Há uns anos, tive que fazer um trabalho de história baseado num livro. Ia escolher, precisamente, "A Filha do Capitão", mas estava esgotado, então optei por "A Vida num Sopro" e adorei! Tenho que o reler :)
    Quanto a esta obra, ainda não a li, mas já fiquei um bocadinho de pé atrás com a questão das repetições

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