sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Margarida Rebelo Pinto - Diário da tua ausência

Não escolhemos quem amamos nem escolhemos quando deixamos de amar.
Não importa que existam quilómetros imensos a separar-nos, nem importa que no fundo saibamos que a história não vai dar certo; quando amamos não somos capazes de desistir, não somos sequer capazes de aceitar que talvez o amor não vença tudo; e sofremos e choramos e juramos esquecer e depois ele volta e nós perdoamos tudo e fazemos mais juras de amor e prometemos a nós mesmas não deixar que o medo dele impeça que o nosso amor se transforme numa realidade feliz e eterna... 
Mas a verdade é que às vezes gostar não chega, é que às vezes o medo e a distância são mais fortes do que a nossa determinação e a nossa vontade de fazer dar certo, a verdade é que por vezes o amor não vence e nós choramos, choramos como se não houvesse amanhã porque no nosso coração o amanhã deixou de existir e tudo porque aquela pessoa não estará lá.

Margarida Rebelo Pinto é talvez das escritoras que melhor sabe falar de desilusões amorosas, que melhor toca os corações, porque todos nós já fomos magoados e em algum momento nos revemos nas palavras que ela escreve.
Para mim um livro fantástico, um livro de amor, de esperança, de sonhos.. mas também de "desamor", da constatação da realidade, da prova que por vezes o amor não vence tudo e é tão difícil admitir isso..
Totalmente aprovado e totalmente recomendado - quem tiver no meio de uma crise amorosa é melhor ler com a caixa de lenços ao lado. (Na minha opinião só vale ler Margarida Rebelo Pinto quando estamos mal, ela não tem de todo o mesmo sabor quando lemos felizes da vida).



"Estas respostas vagas e tão imprecisas só me confundiram ainda mais. Não que ele não tivesse direito a elas, eu é que nunca as soube aceitar."

"Tudo em mim se habituara a ele; o meu corpo, o meu coração, os meus olhos, o meu sono. E agora, que ele estava a sair da minha realidade de uma forma irreversível. Era como se me arrancassem os membros, sentia-me paralisada; perdida, sem saber para onde ir, assustada e ferida sem sequer acreditar no que me estava a acontecer."

"Cada um tem o seu destino nas mãos e somos nós e só nós, responsáveis pelo que acontece"

"A dor da perda não diminui com a lucidez nem se dissipa na razão. A dor tem vida própria."

"Não sei se o tempo curou a tristeza. Mas quero acreditar que sim."

"Tenho sempre coisas para dizer aos outros e sei que os outros nem sempre têm tempo ou vontade para me ouvir"

"Não é vontade, é necessidade"

"Sabes o efeito devastador que a tua voz causa em mim?"

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Só sei que te amo!

Eu poderia tentar explicar em palavras tudo o que sinto por ti mas a verdade é que não seria suficiente para fazer com que me entendessem..

Como é que se explica que passado tanto tempo ainda tenhas a capacidade de fazer o mundo desaparecer só com um sorriso? 
Como é que se explica que esse abraço ainda me arrepie e faça com que o meu coração falhe batidas?
Como é que se explica que quando me tocas ainda tremo e ainda sinto as borboletas invadirem-me?
E esses olhos? Caramba, como posso explicar o efeito que esse olhar tem em mim?

Como poderia explicar que me sinto no auge da perfeição quando acordo de noite e tu estás ali a dormir ao meu lado?
Que consigo imaginar toda uma vida ao teu lado enquanto vejo televisão com a cabeça no teu peito?
Que quando me encaixo em ti eu tenho certeza que fomos moldados em conjunto?

Tentei fugir tantas vezes deste sentimento e acreditei tantas vezes que tinha conseguido mas o universo teima em brincar comigo e levar-me de volta a ti, teima em dizer-me "aqui está e agora o que vais fazer?" Mas que posso eu fazer quando só eu tenho coragem de saltar de arranha céus? Que posso fazer quando as coisas não são mútuas, que posso eu fazer quando tu não tens coragem de correr riscos comigo?

Grito, choro e barafusto com o universo, o que raio quer ele ensinar-me? O que quer que eu veja que não estou a ver? O que é suposto eu fazer?

Procuro respostas em mim, em ti e até no além mas não consigo chegar a nenhuma conclusão. "Segue a tua intuição e o teu coração" dizem os "especialistas", como lhes explicar que tudo em mim grita que és o meu destino, que nasci para ti, que mudaria o mundo inteiro para ficar contigo mas que por mais que tente parece nunca ser o suficiente? 

Se há alturas em que me sinto perdida no meio de tanto amor, esta é uma delas. Em que a razão e a emoção se digladiam em argumentos se devo ir ou ficar, em que pareço saber menos a cada dia que passa?

Não tenho a mínima noção do que o destino nos reserva, a mais pequena luz sobre o que devo ou não fazer mas sei, sem a mais pequena dúvida que te amo. E por hoje, só por hoje isso vai ter de chegar.

Algures no tempo




terça-feira, 6 de outubro de 2020

Sê tu mesmo!

 Do que tens medo?

Porque vives uma vida que não te satisfaz, não te preenche, não te faz feliz?
Porque insistes em ser o que os outros esperam que sejas em vez de quem realmente queres ser?
Porque permites que a infelicidade te domine em vez de correres atrás da felicidade?

A vida é tua, o coração é teu, és tu que acordas e adormeces com esse peso no peito e essa dor na alma, és tu que finges sorrisos para parecer que está tudo bem quando na verdade está tudo mal.
És tu que aceitas a infelicidade com medo de te desafiar, de te libertares, de seres quem tu és.

Mas porquê?
As pessoas que te amam vão continuar a amar-te - ou então nunca te amaram e eu sei que isso é uma realidade assustadora, mas se nunca te amaram também não te farão falta, não precisas de números ao teu lado, precisas de pessoas, pessoas que te completem, que te amem, que te protejam, que te apoiem e acima de tudo que te aceitem.

Então porque insistes em ser o que não queres ser, em fazer o que não queres fazer, em sorrir quando não queres sorrir, em ser politicamente correto só para agradar o mundo?

Não, não, não.
A vida é tua e és tu que tens que a viver, de acordo com o que sentes, pensas e desejas.
Sem medos, sem falsos sorrisos, sem caminhos traçados por outros.
A vida é TUA, então sê tu mesmo.

Respira fundo, olha-te ao espelho e decide ser feliz.
Só depende de ti, SÓ DE TI.
Deixa esse peso que te consome a alma para trás e trata de ser feliz, acredita, em ti, na tua coragem, nas infinitas possibilidades que cada novo dia te trás.
Vá lá...Sem medos.. Eu sei que consegues.

Eu acredito em ti, acredita também!



quinta-feira, 18 de junho de 2020

Ditado pelo Espírito de Patrícia e escrito por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho - Violetas na Janela

O que acontece quando morremos?
Existe um céu? E se sim, como é que ele é?
Podemos ver a terra? E voltar?
Conseguimos proteger aqueles que amamos?

Patrícia faleceu aos 19 anos e este livro é o seu relato do que encontrou quando chegou ao céu, as dúvidas, os aprendizados e as descobertas.

É complicado falar sobre este livro porque não sei se acredito ou não (acredito na vida depois da morte, só não sei se ela será como relatada neste livro).
Nunca imaginei que quando morrêssemos tivéssemos uma vida quase igual à que temos na terra - sem os vícios e o sofrimento - e é isso que este livro diz, que existe vida após a morte e que ela pode ser maravilhosa se estivermos dispostos a aprender.
Acho que é daqueles livros que só lendo para se ter uma opinião acerca dele, mas é sem dúvida uma leitura curiosa e que nos faz pensar.



"O amor permanecia para além do tempo e do espaço."

"O amor une"- Avó Amaziles

"O recém-nascido de hoje será o homem de amanhã" - Maurício

"Amor de mãe é como um farol a iluminar os seus entes queridos e a perfumar as suas existências."

"Não podemos separar a nossa vida, ela é um todo."

"Saber depende da nossa vontade."

"Para ser útil com sabedoria, é preciso conhecer." - Frederico

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Ursula Doyle - Cartas de amor de grandes mulheres

O livro foi escrito para o filme "O sexo e a cidade" mas foi tão procurado que acabou por ser realmente editado.
Consiste na compilação de cartas de amor escritas por mulheres que de alguma forma deixaram o seu nome na história.
Eu pessoalmente gostei mais da introdução a cada uma das mulheres, que nos permite "conhece-las" e situa-las no "mundo" do que das cartas em si, até porque algumas nem me parecem cartas de amor.

Enfim, achei que é um livro mais ou menos, nem bom nem mau - esperava mais.



"Suponho que estava à espera do homem sem o qual não conseguia viver." - Nora Doyle

"Prometo eu que os meus olhos vos desejam mais do que a qualquer outra coisa." - Catarina de Aragão

"A enorme distância entre nós faz com que o tempo me pareça muito longo." - Abigail Smith Adams

"Diz Polibius que, como não há nada mais desejável ou vantajoso do que a paz, quando encontrada na justiça e na honra, também não há nada mais vergonhoso e, ao mesmo tempo mais pernicioso, quando é obtida por más medidas e comprada com o custo da liberdade." - Abigail Smith Adams

"A lembrança faz com que o meu coração esteja ligado a ti." - Mary Wollstonecraft

"Acredito merecer o teu carinho, porque sou verdadeira e tenho um grau de sensibilidade que consegues ver e apreciar." - Mary Wollstonecraft

"Encontrei novamente o meu coração, e como ele sempre será; há sentimentos que vivem por si mesmos e que só podem terminar juntamente com ele." - Maria Joséphe-Rose Tascher de La Pagerie (Imperatriz Josefina)

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Teresa Lopes Vieira - Os diários da mulher Peter Pan

Diana vive com a família e está a passar uma crise de meia idade em que a monotonia é tudo o que ela vê, uma viagem em trabalho ao Equador e um acidente ao qual sobrevive muda-lhe as "prioridades" e decide conhecer-se melhor a si mesma.

Este livro irritou-me profundamente - provavelmente porque eu sou muito responsável e ver a irresponsabilidade da personagem irritou-me mesmo, porque raio é que as pessoas têm a mania de que é preciso irem para o outro lado do mundo para se encontrarem?
No entanto e apesar de os dois primeiros capítulos estarem escritos de forma arrogante e de a história em si me irritar, o final surpreendente dissipa todos os sentimentos menos positivos sobre o livro.
Não é um livro que eu ache fascinante mas acho que vale pelo seu final; além disso a pessoas menos responsáveis que eu (ou com uma mente mais livre), ele é capaz de não irritar.

E só assim por curiosidade, como é que ela tem um acidente de avião no meio da selva e nem se digna a procurar o piloto para saber se está vivo? Não me passa pela cabeça ter um acidente e nem me preocupar em ver se os outros estão vivos... Mas pronto, lá está, eu sou toda certinha.



"A vida até aos 18 anos é feita de sonhos, depois disso de obrigações."

"A racionalidade esvaía-se do seu ser a cada instante que passava."

"Chorar é o que as pessoas fazem quando ainda têm esperança; chorar é o ganido do humano que pede ajuda ou perdão."

"Desistir seria trair-se a si mesma."

"A vida continua, mesmo quando não somos capazes de participar nela."

"A depressão é um mal invisível, fatal por ignorarmos onde e como nos ataca, o veneno de uma cobra, que se alastra demasiado por não conseguirmos identificar a mordida."

"Porque será que os seres humanos têm tanto medo do desconhecido?"

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Quirimbo 70 - O filho da preta

Às vezes aquele que nos devia amar é aquele que nos renega e aquele que - supostamente - tinha todos os motivos para nos renegar é aquele que nos quer incondicionalmente.

Um relato de um filho rejeitado e esquecido pelo próprio pai e a superação de quem tinha tudo para falhar, mas venceu.

O livro é super simples, a escrita é simples, a história é simples, as personagens são simples mas é uma simplicidade que não irrita, que se lê bem.
Gostei do livro, teve a capacidade de me irritar, de me emocionar e de me fazer sorrir no final.


quinta-feira, 4 de junho de 2020

Olivier Rolin - O meu chapéu cinzento

O livro é composto por pequenos textos sobre algumas cidades - Alexandria, Havana, Atenas, Açores, Lisboa e Goa - mas - na minha opinião - falta paixão na escrita, ler o que ele escreve não nos faz ter vontade de conhecer a cidade em questão; são descrições vazias de emoção e por vezes confusas.
Não é definitivamente um livro que recomende e o único texto de que gostei realmente foi o que fala dos Açores, porque tem alguma história e dá para aprender algumas coisas.
(os textos foram escritos entre 1986 e 1996.)



"Aquele que se sente deslocado não permanece em lugar algum."

"Só nos apercebemos vagamente de tudo o que diz respeito à literatura; de outro modo, estamos a ser pretensiosos."

"Por mais que se diga que o mundo é igual em toda a parte, isso não é verdade."

"A igreja é o porto da alma."

"A morte é o nosso desembarcadouro e a nossa última morada."

"As desgraças acontecem sempre às pessoas de quem gosto."

terça-feira, 2 de junho de 2020

Deixa ir...

Às vezes é preciso abrir as gavetas da vida e fazer uma limpeza no que por lá anda, às vezes precisamos de deitar fora algumas mágoas, algumas histórias, algum passado, às vezes precisamos abrir mão daquela pessoa que em tempos foi tão especial mas que com o tempo se tornou tóxica e só nos faz mal.
Às vezes precisamos de ter a coragem de parar, reviver emoções, determinar motivos, arranjar forças e deitar fora tudo o que está a mais, tudo o que apenas ocupa espaço, tudo o que já não nos traz nada de bom.

Para quê guardar aquela conversa cheia de mágoa que tivemos com alguém em determinado momento da nossa vida?
Para quê ficar a remoer aquela situação que já aconteceu há tanto tempo?
Porquê conservar uma amizade que já não nos acrescenta nada e que pelo contrário só nos faz mal?

Senta-te, relaxa e abre as tuas gavetas.
Olha bem lá para dentro e vê tudo o que podes tirar, tudo o que te faz mal, tudo o que te causa tristeza, tudo o que não traz nada de positivo à tua vida.
E não me venhas dizer que é difícil, difícil é subir o Evereste e mesmo assim há quem o faça, então deixa as desculpas de lado e vamos lá.
Primeiro começa a mandar embora as mágoas, as desilusões, as dores, não precisas de esquecer nada, apenas de perdoar, perdoar as pessoas, os momentos, perdoar-te até a ti se for caso disso.
Perdoa para ti e em ti, as coisas já aconteceram e já não as podes mudar então não vale a pena ficares a remoer a situação, aconteceu, passou, perdoa e deita fora. Aprendeste com isso, mudaste com isso mas já foi, está na hora de deixar o passado lá atrás.
Depois de teres deitado fora a dor, a mágoa, as desilusões, procura as situações ou as pessoas que não te trazem nada de positivo mas que continuam a fazer parte da tua vida. Aquele café onde vais tem um empregado que te faz ficar irritada? Muda de café, porque é que te sujeitas a isso? Há milhares de cafés na cidade e aposto que provavelmente existe um outro quase ao lado daquele onde vais.
A tua antiga amiga transformou-se numa víbora amarga que só sabe destilar veneno e não te revés nas suas atitudes? Afasta-te. Não tens que levar com o veneno de ninguém só porque um dia aquela pessoa foi alguém de quem gostaste muito, a única pessoa a quem deves alguma coisa é a ti mesma, portanto corta os laços que tiveres de cortar, ninguém precisa de energia negativa vinda de "amigos", não foi para isso que eles foram "inventados".

Arruma as tuas gavetas, vê onde erraste e o que podes melhorar no futuro, deixa sair as coisas más e guarda as coisas boas.
A vida é curta demais para ficares a remoer o que já foi e a guardar o que não interessa.

Liberta-te!


segunda-feira, 1 de junho de 2020

Rachel King - A música das borboletas

E se para salvar centenas de pessoas tivesses de sacrificar dois amigos?

Thomas é um apaixonado por borboletas e sonha encontrar uma que nunca ninguém conseguiu capturar. Quando é convidado a fazer uma expedição pela Amazónia Thomas acredita que chegou a hora de realizar o sonho.
No entanto algo corre terrivelmente mal e o Thomas que volta não é de todo o mesmo que foi, Sophie a sua mulher vai tentar quebrar o mutismo e as novas barreiras do marido. Será que consegue e valerá a pena o risco?


Embora longe de ser um daqueles livros que nos prendem tanto que não conseguimos deixar de ler, "A música das borboletas" é um bom livro, com factos inesperados e que não nos deixa adivinhar-lhe os próximos capítulos.
É preciso ler para saber o que acontece, nunca conseguimos prever o que vem a seguir e por isso mesmo vale a leitura.



"Aqui a noite está quente mas fria sem ti."

"Basta saber ler, [...], para nos cultivarmos."

"Nunca te rales com o que os outros pensam de ti, filha. Só tens de prestar contas a ti mesma e a Deus. Só a esses dois. E Deus ama-te, faças o que fizeres."

"O mundo não é exactamente como imaginavas que fosse, pois não?"

"É tão fácil arranjar desculpas para o nosso próprio comportamento."

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Conta até dez!

Relativiza.
Deixa de levar tão a peito tudo o que te dizem,
Deixa de acreditar que cada palavra é um ataque pessoal à tua pessoa.
Deixa de complicar.

As pessoas podem dizer o que quiserem e pensar o que quiserem mas só te podem afectar se tu deixares, elas só tem a importância que tu lhes dás. Então ignora as más línguas, as invejosas que acreditam sempre que a vida da vizinha é digna de ser comentada e criticada. Ignora, chama-se inveja ou falta de ocupação - ou então as duas coisas. E quanto mais atenção tu lhes dás, mais importantes elas se sentem.

Imagina um palco, o artista só actua enquanto tiver publico, certo? Se o teatro estiver sempre vazio até o mais perseverante dos artistas vai acabar por desistir de ali actuar. É isso que acontece com as más línguas, as invejosas, as desocupadas, elas só falam mal enquanto tiverem uma audiência para afectar, quando a plateia desaparecer, quando tu deixares de lhes ligar, elas calam-se, porque não tem piada falar sozinho e muito menos falar de quem não quer saber do que estamos a dizer.

Então aprende a ignorar, a relativizar, respira fundo e conta até dez ou cem se for caso disso, depois segue em frente e vive. Vive, porque essa é a melhor resposta que podes dar, vive e sê feliz (e relativiza).


quinta-feira, 28 de maio de 2020

Linda Howard - Íntimo e Perigoso

Devemos julgar alguém sem o conhecer?
E devemos confiar em alguém apesar de o julgarmos conhecer?
E quando nos vemos nas mãos de um desconhecido, o que fazer?
A vida muda em segundos e às vezes temos de mudar com ela, porque nem sempre, tudo o que parece, é.

Um excelente livro, bem escrito, o que proporciona uma leitura rápida e agradável, onde muitas vezes reina o humor mas também o inesperado.
O final não é de forma alguma previsível.
É um daqueles livros que dá gosto ler. Totalmente aprovado.


"Não entro na casa de banho dos homens. Costumava pensar que os homens eram humanos, mas entrei numa casa de banho masculina uma vez e quase desmaiei com o choque. Se entrasse noutra, acabaria por sofrer de problemas psicológicos."

"Não tinha qualquer intenção de desistir, apesar de se sentir tão exausto que a desistência seria mais fácil do que passar por aquilo tudo."

"Qualquer situação em que as hormonas se sobrepusessem à capacidade decisória do cérebro seria trágico."

"O amor e a paixão deviam trazer avisos bem visíveis dizendo: cuidado, pode causar estupidez."

"Vagueava como um fantasma à procura da sua alma."

"Nunca antes o sentira, nunca antes o quisera. A melhor forma de salvaguardar as suas emoções fora manter as pessoas à distância, confiando apenas em si própria. Aprendera-o com lições precoces e duras."

"Pare de se massacrar. Não é responsável pelo mundo."

"A vida parecia ter só complicações."

"Se lhe desse sexo, pararia com a ofensiva sobre o seu coração porque pensaria já ter ganho. As emoções permaneceriam a salvo."

"Queria acreditar no «felizes para sempre», num amor que durasse uma vida."

"O sexo era a última coisa em que pensava...antes de adormecer. E a primeira coisa em que pensaria ao acordar."

"Encaixavam como duas peças de um puzzle."

Manteve as pessoas à distância porque sabe que tem um coração de manteiga e a melhor forma de se proteger será não permitindo que se aproximem."

"Um total cansaço da alma."

terça-feira, 26 de maio de 2020

Tu consegues!

Acredita em ti,
Ama-te,
Respeita-te,
Confia...

Tu és dona do mundo basta que acredites, que lutes, que sigas em frente, que aprendas a apreciar os raios de sol mesmo nos dias de chuva, que percebas que as lutas existem para que as venças e fiques mais forte, que não vejas inimigos em todo o lado mas potenciais aliados no teu crescimento. Acredita que consegues, não duvides de ti só porque em algum momento da tua jornada perdeste as forças, chegaste até aqui, é altura de continuar, é altura de vencer. Respira fundo, reúne as tuas forças, segue em frente. Tu consegues, tu conseguirás sempre!


segunda-feira, 25 de maio de 2020

Ken Follett - O vale dos cinco leões

E quando nada é o que parece ser e acabas a confiar a tua vida às pessoas erradas?

Jane vive em Paris, namora com Ellis - um tipo imprevisível e de quem ela nunca sabe o que esperar - e tem como apaixonado Jean Pierre - que é - supostamente - o oposto de Ellis.
Um dia Jean Pierre conta a Jane que Ellis é um agente da CIA e que andou a espiar os seus amigos. Jane fica furiosa acaba tudo com Ellis, casa com Jean e parte para o Afeganistão convencida que vai ajudar a mudar o mundo.
Mas as coisas não são bem assim, Jean não é quem Jane pensa ser, não tem o carácter que esta pensa ter e está disposto a tudo para a manter e melhorar a sua vida.
Como lidará Jane com a situação? Como conseguirá sair do Afeganistão?

Este livro é muito, muito bom.
É completamente viciante, queremos sempre saber o que vem a seguir, ficamos "nervosos" com os acontecimentos, pensamos "e agora?", irritamo-nos com as personagens e ficamos presos até à ultima linha do livro.
Recomendo muito.

Adoro livros assim, que misturam paixão, drama, suspense e história; onde no meio do caos conseguimos aprender qualquer coisa e perceber - mais uma vez - o que a ambição do Homem faz.



"Amei-te por seres diferente, louco, original e excitante, nunca se sabia o que eras capaz de fazer. Porém, não és um chefe de família."

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Acredita!

Acredita que consegues,
Acredita que vai dar certo,
Acredita no que sentes,
Acredita no que o universo te diz.

Às vezes sentes-te perdida apenas porque te recusas a acreditar em ti mesma, no que vales, no que consegues, no que tens força para fazer.
Vá lá, porque duvidas tanto das tuas capacidades? Porque achas que o mundo inteiro é melhor do que tu ou merece mais do que tu?
Em que ponto da vida perdeste a fé em ti mesma?
Porque tens tanta certeza que vais falhar? Porque deixas que o medo te paralise e te impeça de tentar?
Se mereces o melhor porque insistes em esperar sempre o pior?
Sorrisos atraem sorrisos, confiança atrai coisas boas, tentativas atraem conquistas.
Atreve-te, vai mesmo que tenhas medo mas vai.
Acredita em ti, nas tuas capacidades, no teu talento, na tua força.
Recupera a tua fé e usa-a como escudo contra as derrotas,
Deixa que ela te proteja do medo e usa-a como guia.

Vá lá, não estás cansada de deixar que os medos e a falta de crença te paralisem? Não estás cansada de não sair do mesmo lugar? Não estás cansada de te atirar ao chão apenas porque não acreditas na vitória?
Aposto que sim, então vai, recupera a tua fé em Deus, no universo em ti e vai.

Se acreditares consegues, acredita!



quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Inês de Barros Baptista - Morrer é só não ser visto

O livro é uma junção de textos de várias pessoas sobre a forma como encararam as perdas da vida, como viveram os seus lutos e como superaram a dor.

Uns acreditam na vida depois da morte, que não morremos e apenas mudamos de dimensão; outros não sabem o que acontece, não tem uma crença sobre o assunto mas gostam de pensar que existe um céu e depois há quem ache que a morte é o fim de tudo, que não existe uma continuidade, que quando se morre tudo acaba.
Há quem já tenha conversado com os mortos, quem os tenha sentido e quem ache tudo isso um disparate.

A verdade é que todos temos uma forma própria de fazer o luto, de lidar com a dor, de continuar a viver... O livro é no fundo e como a própria autora o diz: "Falar do luto de coração aberto.", um livro que pretende mostrar que por maior que seja a dor, o caminho é em frente e é sempre preciso continuar a viver.


"Saudades para quê?
Dizes tu,
Saudades do quê se vamos voltar a estar juntos?"

"Se todos tivermos algo em que acreditar, tudo se torna mais fácil." - Duarte Rendas

"Calar a dor não é, seguramente, a melhor forma de a resolver." - Joana Cruz

"Que ninguém chegue junto de ti e parta sem estar mais feliz." - Madre Teresa de Calcutá

"Não adianta remoer. Não adianta ficar presa a essa dor." - Maria José Norte

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Chora...

Chora,
Deita cá para fora tudo o que guardaste dentro de ti,
deixa sair a dor, os sonhos perdidos, a mágoa e a desilusão.
Chora todas as lágrimas que quiseste secar achando que chorar era para os fracos,
não é, é mais fraco aquele que nega a sua dor do que aquele que se permite senti-la.

Então chora, chora tudo o que quiseres chorar, sem medos nem vergonhas.
Chora por tudo o que te consome o peito e te deixa a alma dormente.
Chora as lágrimas que durante todo este tempo te recusaste a aceitar.
Chora sempre que quiseres chorar.

E que importa se os outros te acharem fraca? Por acaso são eles que vestem a tua pele todas as manhãs? São eles que sabem o que te dói acordar todos os dias e ver que o peso que tens no peito continua exactamente no mesmo sitio e talvez um pouco maior? São eles que calçam os teus sapatos e percorrem o teu caminho? Não, não são.
Os outros são apenas os outros, não sabem nada e nem precisam de saber. És tu e só tu que vive a tua vida, és tu e só tu que sabes as tuas dores, és tu e só tu que conheces os teus limites.

Chora, chora porque não faz mal chorar, chora porque precisas, porque queres, porque és humana.
Chora, grita, barafusta, reclama com o universo se for preciso, mas deixa-te sentir a dor que te consome a alma para que depois ela possa ir embora.
Não a guardes dentro de ti, não a deixes consumir-te os segundos, as horas, os dias e até os meses.
Sente-a, chora-a e depois deixa-a partir.



segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Hugh Prather - Amor e coragem

O livro é um bocadinho do diário do autor, são excertos daquilo que ele escreveu em determinados momentos.
Não é um livro que vá mudar a nossa vida mas tem pensamentos interessantes e vale a pena ser lido - porque nem todos os livros mudam a nossa vida, mas todos nos ensinam algo.


"Os preconceitos são cegos."

"Não existem pessoas insignificantes."

"O crescimento individual não pode sobrepor-se aos relacionamentos, pois quando isso acontece deixa de ser crescimento."

"Há um tipo de sofrimento que está muito para além das palavras."

"Somos nós que pomos limites às formas de amor que podemos viver."

"O início da mudança ocorre quando uma pessoa aprende a aceitar-se a si própria."

"Os nossos erros são apenas circunstâncias em que limitámos as nossas opções."

"Não é realista, nem razoável, contar que outro ser nutra mais respeito pela minha pessoa que eu próprio."

sábado, 18 de janeiro de 2020

Vai!

Se tens a certeza que esse é o teu caminho então vai.
Vai mesmo que os outros te digam para não ires,
Vai mesmo que mais ninguém entenda essa tua necessidade.
Vai mesmo que te tentem parar.

Se tens a certeza que a felicidade está nessa rota,
Então segue em frente,
Enfrenta o medo do desconhecido e vai.
Dá um passo de cada vez mas vai.

Se o teu coração te aponta essa direcção então arrisca,
arrisca porque só tu sabes o que sentes e o que queres,
arrisca porque não há nada pior do que pensar no "e se",
arrisca porque mais ninguém calça os teus sapatos e manda nos teus sonhos.

És tu que tens que fazer o teu caminho porque és só tu que o vais percorrer.
Então se queres ir vai, vai e sê feliz!