quinta-feira, 11 de junho de 2020

Teresa Lopes Vieira - Os diários da mulher Peter Pan

Diana vive com a família e está a passar uma crise de meia idade em que a monotonia é tudo o que ela vê, uma viagem em trabalho ao Equador e um acidente ao qual sobrevive muda-lhe as "prioridades" e decide conhecer-se melhor a si mesma.

Este livro irritou-me profundamente - provavelmente porque eu sou muito responsável e ver a irresponsabilidade da personagem irritou-me mesmo, porque raio é que as pessoas têm a mania de que é preciso irem para o outro lado do mundo para se encontrarem?
No entanto e apesar de os dois primeiros capítulos estarem escritos de forma arrogante e de a história em si me irritar, o final surpreendente dissipa todos os sentimentos menos positivos sobre o livro.
Não é um livro que eu ache fascinante mas acho que vale pelo seu final; além disso a pessoas menos responsáveis que eu (ou com uma mente mais livre), ele é capaz de não irritar.

E só assim por curiosidade, como é que ela tem um acidente de avião no meio da selva e nem se digna a procurar o piloto para saber se está vivo? Não me passa pela cabeça ter um acidente e nem me preocupar em ver se os outros estão vivos... Mas pronto, lá está, eu sou toda certinha.



"A vida até aos 18 anos é feita de sonhos, depois disso de obrigações."

"A racionalidade esvaía-se do seu ser a cada instante que passava."

"Chorar é o que as pessoas fazem quando ainda têm esperança; chorar é o ganido do humano que pede ajuda ou perdão."

"Desistir seria trair-se a si mesma."

"A vida continua, mesmo quando não somos capazes de participar nela."

"A depressão é um mal invisível, fatal por ignorarmos onde e como nos ataca, o veneno de uma cobra, que se alastra demasiado por não conseguirmos identificar a mordida."

"Porque será que os seres humanos têm tanto medo do desconhecido?"

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