quinta-feira, 18 de junho de 2020

Ditado pelo Espírito de Patrícia e escrito por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho - Violetas na Janela

O que acontece quando morremos?
Existe um céu? E se sim, como é que ele é?
Podemos ver a terra? E voltar?
Conseguimos proteger aqueles que amamos?

Patrícia faleceu aos 19 anos e este livro é o seu relato do que encontrou quando chegou ao céu, as dúvidas, os aprendizados e as descobertas.

É complicado falar sobre este livro porque não sei se acredito ou não (acredito na vida depois da morte, só não sei se ela será como relatada neste livro).
Nunca imaginei que quando morrêssemos tivéssemos uma vida quase igual à que temos na terra - sem os vícios e o sofrimento - e é isso que este livro diz, que existe vida após a morte e que ela pode ser maravilhosa se estivermos dispostos a aprender.
Acho que é daqueles livros que só lendo para se ter uma opinião acerca dele, mas é sem dúvida uma leitura curiosa e que nos faz pensar.



"O amor permanecia para além do tempo e do espaço."

"O amor une"- Avó Amaziles

"O recém-nascido de hoje será o homem de amanhã" - Maurício

"Amor de mãe é como um farol a iluminar os seus entes queridos e a perfumar as suas existências."

"Não podemos separar a nossa vida, ela é um todo."

"Saber depende da nossa vontade."

"Para ser útil com sabedoria, é preciso conhecer." - Frederico

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Ursula Doyle - Cartas de amor de grandes mulheres

O livro foi escrito para o filme "O sexo e a cidade" mas foi tão procurado que acabou por ser realmente editado.
Consiste na compilação de cartas de amor escritas por mulheres que de alguma forma deixaram o seu nome na história.
Eu pessoalmente gostei mais da introdução a cada uma das mulheres, que nos permite "conhece-las" e situa-las no "mundo" do que das cartas em si, até porque algumas nem me parecem cartas de amor.

Enfim, achei que é um livro mais ou menos, nem bom nem mau - esperava mais.



"Suponho que estava à espera do homem sem o qual não conseguia viver." - Nora Doyle

"Prometo eu que os meus olhos vos desejam mais do que a qualquer outra coisa." - Catarina de Aragão

"A enorme distância entre nós faz com que o tempo me pareça muito longo." - Abigail Smith Adams

"Diz Polibius que, como não há nada mais desejável ou vantajoso do que a paz, quando encontrada na justiça e na honra, também não há nada mais vergonhoso e, ao mesmo tempo mais pernicioso, quando é obtida por más medidas e comprada com o custo da liberdade." - Abigail Smith Adams

"A lembrança faz com que o meu coração esteja ligado a ti." - Mary Wollstonecraft

"Acredito merecer o teu carinho, porque sou verdadeira e tenho um grau de sensibilidade que consegues ver e apreciar." - Mary Wollstonecraft

"Encontrei novamente o meu coração, e como ele sempre será; há sentimentos que vivem por si mesmos e que só podem terminar juntamente com ele." - Maria Joséphe-Rose Tascher de La Pagerie (Imperatriz Josefina)

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Teresa Lopes Vieira - Os diários da mulher Peter Pan

Diana vive com a família e está a passar uma crise de meia idade em que a monotonia é tudo o que ela vê, uma viagem em trabalho ao Equador e um acidente ao qual sobrevive muda-lhe as "prioridades" e decide conhecer-se melhor a si mesma.

Este livro irritou-me profundamente - provavelmente porque eu sou muito responsável e ver a irresponsabilidade da personagem irritou-me mesmo, porque raio é que as pessoas têm a mania de que é preciso irem para o outro lado do mundo para se encontrarem?
No entanto e apesar de os dois primeiros capítulos estarem escritos de forma arrogante e de a história em si me irritar, o final surpreendente dissipa todos os sentimentos menos positivos sobre o livro.
Não é um livro que eu ache fascinante mas acho que vale pelo seu final; além disso a pessoas menos responsáveis que eu (ou com uma mente mais livre), ele é capaz de não irritar.

E só assim por curiosidade, como é que ela tem um acidente de avião no meio da selva e nem se digna a procurar o piloto para saber se está vivo? Não me passa pela cabeça ter um acidente e nem me preocupar em ver se os outros estão vivos... Mas pronto, lá está, eu sou toda certinha.



"A vida até aos 18 anos é feita de sonhos, depois disso de obrigações."

"A racionalidade esvaía-se do seu ser a cada instante que passava."

"Chorar é o que as pessoas fazem quando ainda têm esperança; chorar é o ganido do humano que pede ajuda ou perdão."

"Desistir seria trair-se a si mesma."

"A vida continua, mesmo quando não somos capazes de participar nela."

"A depressão é um mal invisível, fatal por ignorarmos onde e como nos ataca, o veneno de uma cobra, que se alastra demasiado por não conseguirmos identificar a mordida."

"Porque será que os seres humanos têm tanto medo do desconhecido?"

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Quirimbo 70 - O filho da preta

Às vezes aquele que nos devia amar é aquele que nos renega e aquele que - supostamente - tinha todos os motivos para nos renegar é aquele que nos quer incondicionalmente.

Um relato de um filho rejeitado e esquecido pelo próprio pai e a superação de quem tinha tudo para falhar, mas venceu.

O livro é super simples, a escrita é simples, a história é simples, as personagens são simples mas é uma simplicidade que não irrita, que se lê bem.
Gostei do livro, teve a capacidade de me irritar, de me emocionar e de me fazer sorrir no final.


quinta-feira, 4 de junho de 2020

Olivier Rolin - O meu chapéu cinzento

O livro é composto por pequenos textos sobre algumas cidades - Alexandria, Havana, Atenas, Açores, Lisboa e Goa - mas - na minha opinião - falta paixão na escrita, ler o que ele escreve não nos faz ter vontade de conhecer a cidade em questão; são descrições vazias de emoção e por vezes confusas.
Não é definitivamente um livro que recomende e o único texto de que gostei realmente foi o que fala dos Açores, porque tem alguma história e dá para aprender algumas coisas.
(os textos foram escritos entre 1986 e 1996.)



"Aquele que se sente deslocado não permanece em lugar algum."

"Só nos apercebemos vagamente de tudo o que diz respeito à literatura; de outro modo, estamos a ser pretensiosos."

"Por mais que se diga que o mundo é igual em toda a parte, isso não é verdade."

"A igreja é o porto da alma."

"A morte é o nosso desembarcadouro e a nossa última morada."

"As desgraças acontecem sempre às pessoas de quem gosto."

terça-feira, 2 de junho de 2020

Deixa ir...

Às vezes é preciso abrir as gavetas da vida e fazer uma limpeza no que por lá anda, às vezes precisamos de deitar fora algumas mágoas, algumas histórias, algum passado, às vezes precisamos abrir mão daquela pessoa que em tempos foi tão especial mas que com o tempo se tornou tóxica e só nos faz mal.
Às vezes precisamos de ter a coragem de parar, reviver emoções, determinar motivos, arranjar forças e deitar fora tudo o que está a mais, tudo o que apenas ocupa espaço, tudo o que já não nos traz nada de bom.

Para quê guardar aquela conversa cheia de mágoa que tivemos com alguém em determinado momento da nossa vida?
Para quê ficar a remoer aquela situação que já aconteceu há tanto tempo?
Porquê conservar uma amizade que já não nos acrescenta nada e que pelo contrário só nos faz mal?

Senta-te, relaxa e abre as tuas gavetas.
Olha bem lá para dentro e vê tudo o que podes tirar, tudo o que te faz mal, tudo o que te causa tristeza, tudo o que não traz nada de positivo à tua vida.
E não me venhas dizer que é difícil, difícil é subir o Evereste e mesmo assim há quem o faça, então deixa as desculpas de lado e vamos lá.
Primeiro começa a mandar embora as mágoas, as desilusões, as dores, não precisas de esquecer nada, apenas de perdoar, perdoar as pessoas, os momentos, perdoar-te até a ti se for caso disso.
Perdoa para ti e em ti, as coisas já aconteceram e já não as podes mudar então não vale a pena ficares a remoer a situação, aconteceu, passou, perdoa e deita fora. Aprendeste com isso, mudaste com isso mas já foi, está na hora de deixar o passado lá atrás.
Depois de teres deitado fora a dor, a mágoa, as desilusões, procura as situações ou as pessoas que não te trazem nada de positivo mas que continuam a fazer parte da tua vida. Aquele café onde vais tem um empregado que te faz ficar irritada? Muda de café, porque é que te sujeitas a isso? Há milhares de cafés na cidade e aposto que provavelmente existe um outro quase ao lado daquele onde vais.
A tua antiga amiga transformou-se numa víbora amarga que só sabe destilar veneno e não te revés nas suas atitudes? Afasta-te. Não tens que levar com o veneno de ninguém só porque um dia aquela pessoa foi alguém de quem gostaste muito, a única pessoa a quem deves alguma coisa é a ti mesma, portanto corta os laços que tiveres de cortar, ninguém precisa de energia negativa vinda de "amigos", não foi para isso que eles foram "inventados".

Arruma as tuas gavetas, vê onde erraste e o que podes melhorar no futuro, deixa sair as coisas más e guarda as coisas boas.
A vida é curta demais para ficares a remoer o que já foi e a guardar o que não interessa.

Liberta-te!


segunda-feira, 1 de junho de 2020

Rachel King - A música das borboletas

E se para salvar centenas de pessoas tivesses de sacrificar dois amigos?

Thomas é um apaixonado por borboletas e sonha encontrar uma que nunca ninguém conseguiu capturar. Quando é convidado a fazer uma expedição pela Amazónia Thomas acredita que chegou a hora de realizar o sonho.
No entanto algo corre terrivelmente mal e o Thomas que volta não é de todo o mesmo que foi, Sophie a sua mulher vai tentar quebrar o mutismo e as novas barreiras do marido. Será que consegue e valerá a pena o risco?


Embora longe de ser um daqueles livros que nos prendem tanto que não conseguimos deixar de ler, "A música das borboletas" é um bom livro, com factos inesperados e que não nos deixa adivinhar-lhe os próximos capítulos.
É preciso ler para saber o que acontece, nunca conseguimos prever o que vem a seguir e por isso mesmo vale a leitura.



"Aqui a noite está quente mas fria sem ti."

"Basta saber ler, [...], para nos cultivarmos."

"Nunca te rales com o que os outros pensam de ti, filha. Só tens de prestar contas a ti mesma e a Deus. Só a esses dois. E Deus ama-te, faças o que fizeres."

"O mundo não é exactamente como imaginavas que fosse, pois não?"

"É tão fácil arranjar desculpas para o nosso próprio comportamento."